sábado, 16 de abril de 2011

Meu Primeiro Raio de Sol

Já fazia anos que eu não saia para fora. Passei meus últimos anos trancado naquele quarto vazio. Sem sair para fora, e sem ter contatos com outras pessoas. Vivia apenas naquele quarto escuro sem vida. Finalmente havia decidido; iria encerrar com minha vida. Não havia sentido em continuar assim... Sem nada. Decidi tentar dormir mais uma noite. E, encerraria tudo quando amanhecesse.

Amanheceu, parecia ser um dia como qualquer outro. Não esperava que nada importante fosse acontecer. Decidido, levantei para encerrar a minha vida. Foi quando, ao passar pela janela, um único Raio de Sol bateu em meu rosto. Resolvi abrir a janela, e, aos poucos, aquela luz foi iluminando o meu quarto escuro. Aqueles raios dourados eram quentes e aconchegantes... Aquilo me transmitia uma pureza e paz.

Fiquei toda manhã e a tarde, sentado na janela, apenas observando o Sol.
Foi então que, chegou a noite e aqueles Raios de Sol foram embora. Na esperança de ver aquilo novamente, dormi e levantei cedo mais uma vez. Porém... Não vi mais o sol. Nem mesmo um único Raio de Sol.

Aquele Primeiro Raio de sol, havia surgido, iluminado minha vida, e, à noite, desapareceu para sempre.
Nunca mais vi aqueles Raios de Sol. No entanto, graças àqueles raios, pude abrir a minha janela e ver que o mundo é bem maior que o meu quarto escuro e sem vida. Descobri que a vida estava correndo diante de minhas janelas, de meus olhos.
E ainda não podia encerrar a minha vida!

Não sei de onde você veio, nem para onde foi, Meu Primeiro Raio de Sol, mas, jamais esquecerei de seu brilho e de seu intenso calor.

R.


Vale






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