segunda-feira, 11 de abril de 2011

Quando te vejo

Hoje, quando te vejo, percebo que não sinto nada por Você.
Quando te olho, não sinto raiva. Não sinto pena. Não te repúdio. Não te odeio. Não te amo. Não sinto decepção. Não sinto carinho. Não sinto afeto. Não sinto alegria. Não sinto tristeza. Não sinto paixão. Não sinto ciúmes. Não sinto vergonha. Não sinto interesse. Não sinto desprezo. Não sinto dor. Não sinto solidão. Não sinto culpa. Não sinto indecisão. Não sinto consideração. Não sinto orgulho. Não sinto saudade... Não sinto nada. Nada. Apenas um enorme vazio. Um enorme vazio... Nada mais que isso.

No entanto, farei algo por mim, irei guardar as boas lembranças que tivemos juntos. Irei guardar aquele tempo perdido que, Você era apenas uma menininha medrosa, doce, delicada e que gostava de chorar...
Rasgarei suas fotos, e, esquecerei os nossos últimos e terríveis encontros. Não direi mais o seu nome. Não olharei mais o seu rosto, nem procurarei saber como está se sentindo.

E, antes que diga algo, saiba que eu nunca te perdi.
Foi você que soltou-se das minhas mãos e se perdeu na multidão.



Vale





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