domingo, 10 de julho de 2011

Crianças Puras

Já notou como as crianças são puras? Que elas não tem maldade em seus coraçõezinhos?

Esses dias eu estava andando de ônibus, quando um homem mal vestido e sujo entrou. Não querendo julgar, mas, pela aparência, parecia ser um morador de rua. Posso estar errado, podia ser apenas um bêbado feliz, mas era essa a impressão que ele passava e para vocês visualizarem melhor o que quero dizer.

O homem estava sujo e com mau cheiro e tinha barro em seu cabelo. Reparei que quando mais adentrava no ônibus, e ia para o popular “fundão”, mais as pessoas se espremiam e afastavam-se. Era engraçado. Ainda bem que eu estava no banco destinado aos idosos, mas isso não vem ao caso... (risos)
Ao aproximar-se de uma mulher que estava segurando uma criança no colo, o homem parou e ficou apoiado nos ferros. A mulher tentou se afastar, porém não tinha mais espaço.
O interessante foi que a única pessoa que não teve “medo” nem nojo do homem foi justamente essa criança que estava no colo da mulher. Ela até esticava os braços para tentar brincar com o cabelo do homem.
Também notei a cara das pessoas e ouvi os comentários. Alguns se afastavam e murmuravam “cuidado com o piolhento”.

Conseguiu notar a diferença nossa de crianças? Percebeu a diferença de corações poluídos de corações puros?
Uma criança não diferencia se você é preto ou branco. Se é rico ou podre. Se está sujo ou limpo. Uma criança não tem maldade nenhuma em seus atos.

Lembra-se de quando era pequeno e vivia com piolhos?
(Se você nunca teve piolho pode ir embora daqui, não quero que continue lendo!!)
Quando você é criança, você brinca com o piolhento e não está nem ai. Só quer se divertir. E, mesmo que sua mãe diga “não fique perto nem brinque com o piolhento”, você ainda vai lá se divertir e dividir piolhos. Era tudo puro e inocente.

Claro, sei que piolho não é uma coisa higiênica e também não vou pedir para você ir brincar com o “piolhento”. Apenas quero dar um destaque para algo que achei interessante e me chamou atenção.

Por que antes você brincava com o branco, com o preto, com o rico, com o pobre, com o limpo, com o sujo e agora você os distingue tanto?
Para mim, isso é falta de algo na cabeça. E não é piolho!


Vale





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